Quando o horizontal deixa de ser desafiante, o único caminho é para cima!

 Quando o horizontal deixa de ser desafiante, o único caminho é para cima!

Iniciei nas trilhas em setembro de dois mil e dezoito, bem no feriado da Independência do Brasil, olha que profético. E trilha é aquele negócio né, ame ou odeie. Depois de chegar em casa quase morta e ficar dois dias gemendo para descer as escadas, o sentimento foi de amor mesmo.

"Foi preciso aprender e vencer medos, concentrar e arriscar."

Depois da primeira trilha (que, aliás, já comecei com quatorze quilômetros, sendo os três primeiros uma subida de chorar), andar vinte, vinte e quatro quilômetros em um dia passou de sacrifício/ loucura para uma atividade extremamente prazerosa, que me permitia parar a mente e só desfrutar da paisagem.


A satisfação durou pouco tempo. Em dezembro de dois mil e dezoito eu parti para o próximo desafio: o rapel. E que delícia. Já são vinte e dois meses praticando quase semanalmente, descendo pontes, viadutos, cachoeiras e pedreiras pelas cidades de Minas. O rapel trouxe um aprendizado diferente das trilhas: não era apenas mais esquecer o peso da mochila e mirar no horizonte, foi preciso aprender e vencer medos, concentrar e arriscar. Há pouco tempo me “associei” com uma amiga e nos tornamos a primeira dupla de mulheres de Belo Horizonte com equipamentos, autonomia e conhecimento para praticar rapel. Nós fazemos tudo, desde o primeiro nó antes da descida até a última enrolada da corda no final do dia.

"Uma vez que você prova a liberdade que “andar no mato” te oferece, não tem mais parede de concreto que te segura."

Mas descer se tornou repetitivo. Então, vamos para cima. O desafio lançado foi a escalada. Não era uma pessoa totalmente inexperiente, pois muitas trilhas exigem uma escalaminhada em alguns trechos (quem subiu o Pico da Bandeira bem sabe do final!). Porém, a escalada mesmo é diferente. Subir paredes que parecem lisas, tateando buracos para se apoiar, morrendo de medo de pôr a mão em aranhas, com o sol queimando a nuca e as pernas ardendo, é uma sensação totalmente libertadora. Subir paredes em academias de escalada indoor também é muito importante para o treino: você pratica a flexibilidade, a força, rapidez e visão de enxergar caminhos que deixam de ser impossíveis.

Seja andando, descendo, subindo, ou apenas contemplando, essa vida outdoor me completa, me seduz e me conecta. Uma vez que você prova a liberdade que “andar no mato” te oferece, não tem mais parede de concreto que te segura. Vem trilhar!


A Thais Ferreira é trilheira, aventureira e quase médica veterinária. Ama viajar e é apaixonada por animais e pela natureza.

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Comentários

  1. Ameeeeei! Tudo é desafiador e o importante é dar o primeiro passo, seja qual for o esporte. Superar os medos, vencer cada obstáculo estes que muitas vezes são internos e não os que o caminho nos apresenta.

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