Queimadas e desmatamento: nossa existência está em risco!

 

Queimadas e desmatamento: nossa existência está em risco!

Vamos fazer o seguinte exercício de pensamento: imagine que um dia você está dormindo e desperta sentindo um cheiro estranho. Parece que algo está queimando. Você se levanta rapidamente para ver o que está acontecendo e quando abre a porta do quarto percebe que toda a sua casa está em chamas.
Num ato desesperado você e sua família saem pela janela do seu quarto, mas assim que chegam ao quintal você pode ver que todas as casas do bairro também estão queimando. Não dá para chegar até o portão e alcançar a rua.
De onde vocês estão é possível ouvir os gritos desesperados dos seus vizinhos sendo pegos pelo fogo. Não dá para correr. Não há onde se esconder. O fogo também vai pegar vocês e não há mais nada que você possa fazer. Você e sua família tão amada... Vão morrer!

Forte não? Agora vamos trocar os personagens dessa história. Ao invés da sua rua temos as florestas e no lugar de você, sua família e vizinhos temos as tantas espécies de animais que estão passando exatamente por esta situação desde o início deste ano.

O ser humano tem dificuldades em compreender situações que ele próprio não se vê vivenciando. É a chamada empatia. Se você não tem, não vai se solidarizar.

"Ok! Eu entendi que tem mato queimando lá nos cafundós do Judas, mas e aí? Como isso me afeta aqui na cidade?"

Se você é uma das tantas pessoas que pensam dessa maneira precisamos rever algumas coisas.
A nossa sobrevivência neste planeta depende de um equilíbrio delicado de todo o ecossistema. As matas são parte fundamental para a liberação de oxigênio na atmosfera, além de regular a temperatura do planeta e – imagine você – evaporar parte da água que forma nuvens, viaja milhares de quilômetros e cai bem aí no seu quintal em forma de chuva. A mesma chuva que abastece os rios e enche os reservatórios que a companhia de tratamento coleta e manda aí para a sua torneira.

Mas se não tem mata para evaporar toda essa água, não tem chuva e acabamos sofrendo com a falta d'água e temperaturas escaldantes, mesmo fora do verão.
Dois mil e vinte está batendo todos os recordes de temperatura e falta de chuva desde quando a humanidade começou a medir. Tivemos casos extremos de seca em regiões onde historicamente sempre houve um volume de chuvas e temperaturas escaldantes em pleno inverno.

"Mas e aí? É o fim? Não tem mais jeito? Vamos todos ter o mesmo fim daquela família do início da história?"

Infelizmente a resposta não é tão simples. Individualmente nós podemos reduzir o nosso impacto na natureza, gerando menos lixo, revendo nossos hábitos de consumo. Uma forma muito eficiente de fazer isso é buscar por soluções verdes em nosso dia-a-dia, como comprar produtos e serviços de empresas que controlam suas emissões de carbono e que tratam seus resíduos de maneira adequada. Esses dados são públicos e já existem várias empresas tomando este caminho, desde operadoras de cartão de crédito até marcas de sabão em pó e produtos de higiene.

Isso tudo já é muita coisa, mas para resolvermos realmente o problema precisamos do apoio do estado.

Políticas frouxas de combate ao desmatamento, legislação que favorece fazendeiros em detrimento da mata, cortes nas verbas para fiscalização e vista grossa para abusos são só algumas das coisas com as quais convivemos há anos sem que ninguém faça nada a respeito.

Em resumo, nós elegemos políticos ruins, que não se preocupam com a natureza e todos os nossos recursos naturais. Estes políticos criam leis cheias de brechas e os fazendeiros e grandes madeireiras se aproveitam dessas brechas para ir cada vez mais fundo na mata, deixando um rastro de destruição e morte por onde passam.

E agora? Ficou mais fácil entender qual o seu papel nisso tudo e por que você é tão responsável pelas queimadas e desmatamentos quanto quem riscou o fósforo ou ligou a motosserra?

Eu sei que parece clichê, mas precisamos nos mover, fazer a nossa parte agora, e cuidar deste que é o único lugar que temos para viver.

Se você chegou até aqui é porque também acredita que podemos fazer a diferença. Eu te convido a compartilhar este texto em suas redes sociais e atingir o maior número de pessoas possível.

Quanto mais gente pensando de forma sustentável, melhor será o mundo onde vivemos e onde queremos criar nossos filhos, netos e tantas outras gerações que ainda estão por vir.

Obrigado por ler até aqui. Se ficou com alguma dúvida ou queira contribuir com alguma informação, deixe um comentário no post ou nos envie um e-mail. Teremos o maior prazer em te responder.

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Um forte abraço e até a próxima!

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